domingo, 12 de janeiro de 2014

Presidente do Botafogo diz não temer ameaças da Promotora Alessandra.

Após o anúncio da empresa TelexFree Internacional como uma de suas patrocinadoras, o Botafogo se viu cercado de questionamentos sobre a idoneidade da empresa, que está com as operações bloqueadas judicialmente no país e é investigada pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) por suspeita de atuar sob esquema de pirâmide financeira. A promotora responsável pelo caso, Alessandra Garcia Marques, da Defesa do Direito do Consumidor, disse que os recursos provenientes do patrocínio podem ser apreendidos. O presidente Maurício Assumpção, no entanto, garantiu estar tranquilo, já que não vê qualquer tipo de ilegalidade.

O mandatário alvinegro disse que o clube se cercou de cuidados no processo de assinatura do contrato e que toda a operação financeira foi feita com conhecimento do Banco Central.

- Quando fomos procurados pela TelexFree Internacional para o patrocínio na camisa, acionamos nosso departamento jurídico, que fez todas as avaliações. Todo contrato foi feito através da sede de Miami. O dinheiro veio para o Brasil através de um banco que tem todos os trâmites legais, ou seja, não há nada para se esconder. Fizemos tudo dentro da lei. A preocupação da promotora é válida, mas não vejo nenhum tipo de problema para o Botafogo. O dinheiro entrou legalmente, o Banco Central sabe de toda a operação. Estamos muito tranquilos.

Sobre o descontentamento da patrocinador master, a Viton 44, que através de seu presidente Neville Proa disse "não poder estar no mesmo veículo" desta empresa, Maurício Assumpção minimizou. Ele acredita que a relação, que vai para o quarto ano, não está abalada e disse que tudo foi informado com antecedência.

- Li algumas coisas, e acho que este assunto é altamente complexo. Da parte do Botafogo, posso dizer o seguinte. Antes de fecharmos com a TelexFree, perguntamos ao Viton 44 se gostaria de outras propriedades na camisa, os espaços que eram da Herbalife e Havoline. Ele estendeu colocando o "Guaravita" no lugar da Herbalife e não quis o outro. Então fomos no mercado e procuramos uma empresa. O momento mais crítico para o clube na relação com os patrocinadores foi no fechamento do Engenhão, isso que foi sério. Nós tínhamos produtos que precisávamos entregar, como as placas de publicidade, e não tínhamos possibilidades. Apesar disso, conseguimos entregar outros produtos, conseguimos contornar.

Maurício Assumpção considera a possibilidade de o presidente da Viton 44 estar sofrendo pressão de outros interessados em patrocínio, considerado por ele um dos melhores do Brasil vindo de empresas privadas - valor aproximado de R$ 25 milhões.

- Se a presidenta Dilma chega e diz que acabou o patrocínio da Caixa Econômica para os clubes de futebol, onde vão conseguir no mercado um patrocinador? Para onde vão correr? Quem é que está fazendo patrocínio de futebol hoje? A Viton 44 é uma grande patrocinadora, é ela que está aquecendo o mercado. É óbvio que tem gente batendo lá na porta querendo vender a marca. Não existe crise de relação com o Botafogo, o Sr. Neville é altamente querido por nós. Ele foi comunicado sobre a TelexFree, mas não foi consultado porque não cabia. Tem muita gente fazendo barulho querendo destruir a relação, mas não vai acontecer porque ela já tem mais de três anos e ele sabe que nós entregamos no produto. Ele disse que tem crescimento de 25% ao ano, e quero que veja outra que consiga isso com patrocínio de futebol.

Por fim, o mandatário do Glorioso disse não considerar um risco a possibilidade de a imagem do clube ficar ligada a uma empresa que está sob investigação.

- Acho que a torcida do Botafogo tem entendido bem. Para mim isso está muito claro.

Fonte: Globo Esporte

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