quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

TelexFREE X MP/AC: Promotora rechaça sumariamente nova proposta apresentada por Carlos Costa.

A alternativa apresentada pelo Diretor da empresa da TelexFREE, Carlos Costa, na última sexta-feira (9), para ressarcir os Divulgadores que não recuperaram seus investimentos, foi sumariamente rechaçada pela representante do Ministério Público do Acre, a promotora Alessandra Marques.
A proposta de Carlos Costa refere-se a uma parceria com uma empresa sub-rogada, a qual compraria exclusivamente dos Divulgadores que não obtiveram retorno do investimento, o potencial direito que pudessem vir a ter nessa causa, caso a empresa perca a ação judicial.
Costa também deixou claro que a devolução envolveria apenas os valores investidos – ou seja, os expressivos lucros negócio estão fora de questão –, e beneficiaria unicamente os divulgadores que não conseguiram recuperar o que colocaram no negócio.
“Quero explicar para vocês quem são os divulgadores que têm direito a essa sub-rogação ou mesmo a uma possível devolução”, disse Costa. “São aqueles que não tiveram seus investimentos de volta, (...) aquela pessoa que entrou na TelexFREE atraves da Ympactus [razão social da empresa] aqui no Brasil, investiu seu dinheiro nas nossas contas VoIP e não teve o retorno do seu dinheiro, afirmou.
A TelexFREE já começou a levantar os dados desses possíveis beneficiários, segundo Costa, que disse esperar para a semana que vem uma manifestação da Justiça sobre a proposta de sub-rogação.
Posição do MP/AC
Mas, segundo a reportagem divulgada pelo portal iG, se depender do Ministério Público do Acre, a proposta não será aceita pela Justiça. “Não se se transfere crédito oriundo de atividade ilícita para outra pessoa. Isso é um absurdo e, o que é pior, fica dando esperança às pessoas de que elas vão voltar a ganhar dinheiro com isso”, afirma Alessandra Marques, uma das promotoras que atuam no caso. “[O faturamento da Telexfree] não vem do VoIP, vem do dinheiro que cada investidor coloca na base da pirâmide. É a má-fé extrema.”
Perícia recusada
O julgamento que definirá se a Telexfree é pirâmide ou não, e se os divulgadores terão ou não direito ao ressarcimento, só deve ocorrer a partir de 2014. A Justiça havia solicitado uma auditoria nas contas da empresa, mas a prestadora procurada para fazer o levantamento se recusou a fazer o serviço, afirmou Costa, no vídeo.
Procurado pelo iG, o Tribunal de Justiça do Acre não respondeu imediatamente qual será o próximo passo da ação. No vídeo, entretanto, Costa voltou a negar que a empresa tenha montado uma pirâmide financeira. "De forma alguma vão conseguir provar o que não existe.”
Fonte: Acrealerta

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